Minicursos e Oficinas:
Minicurso 01: Os processos de divórcio do juízo contencioso do patriarcado de Lisboa séculos/XVIII e XIX. Os divórcios e a criação dos estados laicos em Portugal e no Brasil. Ministrante: Prof. Ubirathan Rogério Soares
Resumo: Nesta proposta de minicurso se buscará apresentar os resultados parciais de um projeto de pesquisa maior desenvolvido junto ao acervo do juízo contencioso do patriarcado de Lisboa no mosteiro de São Vicente de Fora, especificamente no fundo documental que trata dos processos de divórcios perpétuos entre partes levados a termo naquele juízo por mulheres, em processo de ruptura de relações matrimoniais, entre finais do século XVIII e transcurso do XIX. De forma específica tento mostrar as similitudes e diferenças entre os processos de secularização das sociedades brasileira e portuguesa, tendo como foco as discussões sobre as rupturas das relações matrimoniais, conhecidas como divórcio perpétuo, levados a efeito por mulheres entre os séculos XVIII e XIX.
Minicurso 02: “Pedras, Letras e Memórias: a Epigrafia e o estudo da antiguidade latina”. Ministrante: Profa. Airan dos Santos Borges
Resumo: O presente minicurso tem como escopo refletir sobre a intercessão entre a disciplina História e a ciência Epigráfica, enfatizando, fundamentalmente, os caminhos e possibilidades que os estudos epigráficos viabilizam para o estudo da Antiguidade Latina. Observa-se, portanto, uma tarefa ousada, dada a amplitude do tema e sua importância na historiografia clássica. Ciente disto, não se tem a pretensão de transcrever o longo trajeto de ambas as disciplinas, mas sim mapear as intercessões de seus percursos, seus possíveis diálogos e publicizar a fertilidade destes encontros para o estudo da História Antiga. Deste modo, colocam-se em perspectiva abordagens investigativas complementares, sobretudo pela sutileza das interpretações advindas do encontro entre os estudos históricos e a análise epigráfica. Tendo em vista as distintas escolas epigráficas existentes, o minicurso debruçar-se-á sobre um nicho específico centrado nos estudos da epigrafia romana e suas contribuições para os estudos da história antiga no contexto da historiografia ibérica sobre o período romano.
Minicurso 03: Conceitos de estado de natureza e estado civil sob a ótica de Hobbes, Rousseau e Espinoza para a construção histórica do direito positivo brasileiro. Ministrantes: Docente responsável: Prof. Ubirathan Rogério Soares; Graduanda em Direito Ilana Jozi Pereira Dutra
Graduanda em Direito Mislene Ingrid da Silva Fernandes
Resumo: Nesta proposta de minicurso haverá a apresentação dos resultados parciais do projeto de extensão intitulado: “Diálogos jus-antropológicos – Análise da cultura jurídica brasileira a luz da antropologia por meio de autores modernos e contemporâneos”, no qual, através dos pensadores Hobbes, Rousseau e Espinoza, faz-se uma crítica sobre uma das bases estruturantes do direito positivo brasileiro: a noção da condição humana e a necessidade real do Estado.
Minicurso 04: Feminismo e movimentos sociais de formação popular. Ministrante: Profa. Lêda Mayara Alves da Silva
Resumo: Esse minicurso tem como objetivo mostrar como historicamente vem se construindo os movimentos feministas de formação de mulheres populares, usando como exemplo o Movimento Mulheres do Seridó, que vêm desde o ano de 2014 lutando pelas pautas feministas na nossa região, começando por lutas pela saúde materna e infantil, mas pois enveredando pela educação, pelo enfrentamento a violência de gênero, pelas políticas publicas e na luta pelos direitos sociais.
Minicurso 05: O uso das fontes escritas na Arqueologia Histórica. Ministrante: Prof. Roberto Airon Silva
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Oficina 01: Por uma transexperiência em sala de aula: oficina de gênero para o ensino de História. Ministrantes: Profa. Bia Crispim de Almeida; Profa. Laisa Fernanda de Farias; Profa. Juciene Batista Félix Andrade; Graduanda em História Rafaela Costa
Resumo: A oficina sobre estudos acerca dos LGBTs em sala de aula pensada para alunos, professores da rede básica, carrega como um dos seus objetivos principais a busca por uma problematização/desnaturalização de visões preconceituosas relacionadas a pessoas que fazem parte desse grupo. A oficina divide-se em duas partes: pretende-se trabalhar a partir dos escritos das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica e as Diretrizes Nacionais para a educação em Direitos Humanos e tendo em vista a emergência da nova Base Nacional Comum Curricular, na sua terceira versão, e a retirada dos termos “identidade de gênero” e “orientação sexual”, bem como, a oficina pretende reunir teóricos dos estudos de gênero e de educadores que discutam a inserção desta temática em sala de aula por meio de leituras e discussões das referidas abordagens, num primeiro momento. Para segundo momento a produção de planos ou projetos de ensino com a proposta da oficina para futuras aplicações em sala.